Arte e entretenimento

Crítica: It – Capítulo 2 (2018)

“It – A Coisa” teve lançamento em 2017 e foi baseado em obra de Stephen King. Dessa forma, o filme foi sucesso expressivo. Então, chegou a inspirar o artigo “A Metarmorfose do Medo”, de minha autoria, sobre as transformações nos filmes de terror ao longo das décadas. Este texto consta no livro “Dez Anos Depois” (2018), que é uma coautoria com Selma Sueli Silva. Lá, apontei que a produção veio em momento bem calculado pelos produtores de Hollywood. Ou seja, em um contexto no qual até crianças estão cada vez mais suscetíveis a desenvolver transtornos de ansiedade.

Continuação de It – A Coisa se passa 27 anos após o original

Assim, “It – A Coisa” era arrepiante justamente por explorar o medo irracional das fobias humanas. Então, devido à aclamação de crítica e público do primeiro longa-metragem, era de se esperar a sequencia. E até que “It – Capítulo 2” apresenta vários momentos de fazer o espectador pular da cadeira com sustos ao longo da projeção. Porém, não exibe a mesma profundidade do exemplar anterior.

Este filme se passa 27 anos depois dos eventos de “It – A Coisa”. Então, Mike (Isaiah Mustafa) percebe que o palhaço Pennywise (Bill Skarsgard) está de volta à cidade de Derry. Ele convoca os antigos amigos do Clube dos Otários para honrar a promessa de infância e acabar com o inimigo de uma vez por todas. Mas, quando Bill (James McAvoy), Beverly (Jessica Chastain), Ritchie (Bill Hader), Ben (Jack Ryan) e Eddie (James Ransone), retornam às suas origens, eles precisam se confrontar a traumas nunca resolvidos de suas infâncias, que repercutem até hoje na vida adulta.

It – Capítulo 2 não escapa do lugar comum

O cineasta Andy Muschietti retorna à cadeira da direção em “It – Capítulo 2”. Ele cria sustos bem prevísiveis neste segundo longa-metragem. Mas, esses movimentos não deixam de ser intensos. Além disso, dessa vez, ele resolve apostar num tom mais trash. Também, o diretor merece créditos pelo domínio seguro da narrativa. Então, com quase três horas de duração, o filme tem atuações corretas e jamais se torna enfadonho. Porém, ele não escapa do lugar-comum do horror durante os 165 minutos de projeção e não é eficaz ao assustar e fazer rir na mesma medida. Com isso, a impressão que se tem é a de um filme superficial.

Avaliação

Avaliação: 2 de 5.

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

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