Arte e entretenimento

Crítica: Espelho, Espelho Meu (2012)

Espelho, Espelho Meu (2012) foi um dos primeiros filmes da leva de releituras de contos de fada em Hollywood. Afinal, antes dele houve o lançamento de Alice no País das Maravilhas (2010), com direção de Tim Burton e A Garota da Capa Vermelha (2011), que tentava seguir os passos da saga Crepúsculo sob o comando da cineasta Catherine Hardwicke. Já esta releitura de Branca de Neve tem como diretor o indiano Tarsem Singh. Ele opta por um tom mais cômico e inspirações no cinema da própria terra natal. Assim, o resultado é um longa-metragem moderadamente divertido e levemente excêntrico.

O filme começa com a Rainha Má (Julia Roberts) narrando o que aconteceu no reino onde a história se passa até o ponto em que ela está. Assim, logo de cara a personagem já conquista quem está assistindo pela forma irônica como faz essa narração. Dessa forma, já percebemos o gênero em que o conto foi transformado: em uma comédia de humor bem bobo.

A história de Branca de Neve recebe nova roupagem em Espelho, Espelho Meu

Essa teoria se comprova com a apresentação do príncipe Andrew (Armie Hammer) em um assalto orquestrado pelos sete anões. Por sinal, eles são bandidos nessa nova versão da história. Porém, o nobre é libertado por Branca de Neve (Lilly Collins), que acaba de fugir do palácio. Depois disso, o príncipe é apresentado à rainha, que decide se casar com ele. Então, ela organiza um baile.

Ocorre que a personagem de Julia Roberts quer ver Branca de Neve morta. Porém, Brighton (Nathan Lane) é o homem que deveria dar a jovem de comida para a fera que assombra o reino. No entanto, ele resolve, em agradecimento às coisas boas que o pai da moça fez, deixá-la fugir. Nesse contexto, ela encontra os sete anões, que ganham a vida como ladrões e se sentem inferiorizados pelas pessoas por causa da condição. Assim, Branca de Neve passa a ser a nova integrante do grupo.

Julia Roberts diverte como a madrasta malvada de Branca de Neve

Dessa forma, Espelho, Espelho Meu mescla referências a Bollywood com figurinos criativos e uma direção de arte viva e fantasiosa. Além disso, no papel da madrasta, Julia Roberts aproveita as chances que o roteiro oferece para fazer humor. Já Lily Collins e Armie Hammer tem interpretações meramente razoáveis. Assim, embora o rapaz até tenha mais momentos divertidos do que a protagonista, nem um nem outro tem muito a agregar ou a comprometer à trama. De qualquer forma, Espelho, Espelho Meu é um filme simpático e despretensioso.

Avaliação

Avaliação: 2.5 de 5.

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

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