É adorável ver Cameron Diaz estrelando seu primeiro longa-metragem em uma década, por mais que o filme seja o mediano “De Volta à Ação“. Como o título sugere, este é o retorno de Diaz à atuação. Aliás, seu último filme foi o remake de 2014 de “Annie”, onde ela interpretou a Srta. Hannigan.
Aqui, a estrela se reencontra com o colega daquele filme, Jamie Foxx, em uma comédia de espionagem superficial e simplista da Netflix. Vale lembrar que Diaz e Foxx também dividiram a tela antes disso no drama de futebol americano “Um Domingo Qualquer” (1999), dirigido por Oliver Stone.
A boa notícia é que a obra de 2025 tem alma e energia suficientes para servir como um bom entretenimento escapista. Isso se deve quase inteiramente ao carisma do elenco. O subgênero, aliás, é usualmente visto como o ideal para resgatar grandes astros do passado em um momento de Hollywood em que as novas estrelas ainda não conseguiram sucedê-los de maneira satisfatória. Os resultados, no entanto, costumam ser insossos. Um exemplo disso é “Ghosted: Sem Resposta” (2022), com Ana de Armas e Chris Evans.
Nesse sentido, “De Volta à Ação” se sai um pouco melhor. Afinal, Diaz e Jamie Foxx tem química e boas atuações. Afinal, o estilo alegre e decidido das boas performances dela (vide Quem Vai Ficar com Mary?) se mantém intacto. Ele, por sua vez, tem um jeito frio e descontraído. Dessa forma, eles se complementam na tela. O elenco jovem também revela-se adequado. Já a participação de Glenn Close como uma senhora espiã tem alguns momentos curiosos, assim como o par dela, interpretado por Jamie Demetriou. Apesar de que o tom caricato de suas performances nem sempre se encaixa bem no filme.
O problema é que a produção não oferece muito mais do que cenas de ação explosivas e tiradas sarcásticas igualmente genéricas. Todo o roteiro é formulaico demais. Então, para quem deseja diversão, ainda é melhor rever obras como “As Panteras” (2000).
Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.
Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça.
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