Arte e entretenimento

Crítica: Cada um tem a Gêmea que Merece (2011)

“Cada um tem a Gêmea que Merece” é mais uma comédia de Adam Sandler, que apesar de ser um bom ator direcionou o foco para papéis cômicos muitas vezes detestáveis. Aqui, ele interpreta os gêmeos Jack e Jill. Ou seja, sem inspiração para compor Jack, que surge como uma variação sem graça de outros personagens interpretados pelo ator, ele tinha no papel da falante Jill a chance de surpreender e inovar. Porém, a tentativa de boa atuação acaba ofuscada pelos problemas da obra.

Filme com Al Pacino traz Adam Sandler no papel de gêmeos

Jack é um publicitário que recebe a visita da irmã gêmea dele, Jill, que não suporta. Porém, o homem vê na irmã a chance de conseguir um comercial com ninguém menos que Al Pacino, que interpreta a si mesmo no filme. Então, a tentativa de humor vem quando o astro veterano se apaixona pela gêmea de Jack.

Assim, fica difícil não se perguntar o que Al Pacino está fazendo nesse filme. E não é que atores renomados não possam brincar com a própria imagem. Até porque credibilidade para isso ele tem de sobra. Acontece que o roteiro dá justifcativas preguiçosas para o desenvolvimento do romance e torna-se, sobretudo, sem graça.

Cada um tem a Gêmea que Merece é engraçado?

Dessa forma, a impressão que fica é que os personagens são meros fantoches dos roteiristas que os manipulam sem se preocupar com a coerência ou explorar mais a fundo cada subtrama criada. Para piorar, “Cada um tem a Gêmea que Merece” descarta até as oportunidades de criar alguma situação engraçadas. Um exemplo disso é quando Jack se passa pela irmã. Some-se isso a direção pasteurizada de Dennis Dugan, que é um parceiro habitual de Adam Sandler, e temos como resultado uma comédia cansativa e sem energia.

Avaliação

Avaliação: 1 de 5.
Sophia Mendonça

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma influenciadora, escritora e desenvolvedora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

Mundo Autista

Ver Comentários

  • Crítica exata. Eu fico me perguntando: Porque Al Pacino participou deste filme ? Tudo no filme é sem graça, sem inspiração.

Posts Recentes

A música Firework, de Katy Perry, é um hino budista?

Você sabia que a música Firework, de Katy Perry, é um hino budista? Confira a…

4 horas atrás

Crítica: Enfeitiçados (2024)

Enfeitiçados parte de uma premissa inovadora e tematicamente relevante. O filme traz uma metáfora para…

2 dias atrás

Crítica: A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter

Sophia Mendonça resenha o especial de Natal A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter, com esquetes…

2 dias atrás

O autismo na série Geek Girl

O autismo na série Geek Girl, uma adaptação da Netflix para os livros de Holly…

4 dias atrás

Crítica: Os Fantasmas Ainda Se Divertem (2024)

Os Fantasmas Ainda se Divertem funciona bem como uma fan service ancorada na nostalgia relacionada…

4 dias atrás

Crítica: Ainda Estou Aqui (2024)

Ainda Estou Aqui, com Fernanda Torres, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e está…

7 dias atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!