“As Panteras Detonando” (2003) é um marco no cinema dos anos 2000. Isso ocorre porque ele é um raro exemplar do estilo que, à época, trazia protagonismo de mulheres fortes. Além disso, assim como o primeiro longa-metragem da franquia, é um filme deliciosamente divertido.
Nesse sentido, a obra mais parece um live-action da perfeita série animada “Três Espiãs Demais”. E assim como acontecia nos desenhos, muito da graça vem da possível identificação das jovens pelas heroínas. Isso ocorre sem levantar bandeiras feministas evidentes, mas está presente em toda a força e beleza das quatro protagonistas.
As Panteras Detonando parece um live-action de Três Espiãs Demais
No filme, um arquivo do sistema de proteção à testemunha é roubado do Governo dos Estados Unidos. Então, uma série de cinco assassinatos de participantes do programa ocorre. Daí, a Agência de Detetives Charles Townsend assume o caso, colando Natalie (Cameron Diaz), Dylan (Drew Barrymore) e Alex (Lucy Liu) na investigação. A principal suspeita de ter cometido o roubo e os assassinatos é Madison Lee (Demi Moore). Ela é uma ex-pantera que deixou a agência tempos atrás para entrar no mundo do crime .
Essa espécie de James Bond em versões femininas cativa principalmente pelas interpretações primorosas do quarteto principal. Então, Demi Moore se junta a Drew Barrymore, Cameron Diaz e Lucy Liu como uma ex-pantera. Todas elas parecem estar se divertindo ao máximo enquanto gravam o longa-metragem e conseguem contagiar a plateia com isso.
Raro filme de ação com protagonismo feminino dos anos 2000 é obra maravilhosamente divertida
As personagens também recebem habilidades notáveis e guardas-roupas surpreendentes. Com isso, as atrizes envolvem a plateia fortemente em um clima maravilhosamente bem-humorado e extravagante. Tudo isso em meio a diálogos espirituosos e muita ação favorecida pela tecnologia.
Avaliação
Autora da Crítica
Sophia Mendonça é uma influenciadora, escritora e desenvolvedora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
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