A série “As Panteras” teve lançamento em 1976. Logo, tornou-se foi marco na teledramaturgia estadunidense no que se refere à maneira como as mulheres eram retratadas pelos seriados. Tanto que mereceu um destaque especial no capítulo “Mulheres Conquistam a TV”, escrito por mim para o livro “Dez Anos Depois”, uma coautoria com Selma Sueli Silva. Isso porque, a época, o programa revelava um feminismo revolucionário. Afinal, trazia três mulheres detetives que desempenhavam suas funções com mais eficiência que os colegas de profissão homens.
Claro que hoje, o mesmo seriado, que tem criação de Aaron Spelling, de outros sucessos, como “Charmed – Jovens Bruxas” e “Barrados no Baile”, pode até ser interpretado como machista. Essa leitura ocorre por causa da presença do chefe enigmático, Charlie. Ainda assim, “As Panteras”, que foi ao ar de 1976 a 1981, mantém ainda hoje vivos o charme, o carisma e o encantamento que tornam a série um passatempo delicioso para os amantes de tramas policiais.
Já em 2000, foi a vez de as três investigadoras serem interpretadas por Drew Barrymore, que também produziu os longas-metragens da franquia, inclusive este de 2019, além de Cameron Diaz e Lucy Liu. Este filme, dirigido por McG, tornou-se um pequeno clássico da década passada. De fato, é uma releitura espetacular. Isso ocorre ao trazer comédia e artes marciais em vez das armas de fogo, por causa das convicções filosóficas de Barrymore. Porém, mantendo as qualidades do original. Assim, o sucesso foi tanto que gerou até uma continuação também bastante divertida, As Panteras Detonando (2003).
Eis que, em 2019, a franquia ganha mais um longa-metragem. Este tem a missão, nada fácil, de trazer um equilíbrio entre o charme escapista dos anteriores e as discussões modernas da atualidade. Felizmente, esta versão consegue o delicado equilíbrio entre respeitar o charme e as origens da franquia. Ao mesmo tempo, ela expande os personagens e a narrativa. Além disso, amplia o universo para debates necessários aos dias atuais, como a tecnologia e o feminismo. Então, mesmo sem apresentar a mesma energia brilhante dos antecessores, consegue cativar.
Dessa forma, trata-se de produção inteligente e divertida. Também, apresenta ótimas interpretações e trilha sonora marcante e perfeitamente afinada à proposta. Quanto ao trio principal, Naomi Scott se destaca como a mais inteligente e divertida do trio. Ela está muito bem acompanhada por Ella Balinska e Kristen Stewart, assim como a também diretora e roteirista Elizabeth Banks, que cria uma versão ambígua de Bosley. Ainda, o filme surpreende positivamente com a participação especial de Jaclyn Smith, que é uma das panteras da série de 1976.
Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.
Você sabia que a música Firework, de Katy Perry, é um hino budista? Confira a…
Enfeitiçados parte de uma premissa inovadora e tematicamente relevante. O filme traz uma metáfora para…
Sophia Mendonça resenha o especial de Natal A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter, com esquetes…
O autismo na série Geek Girl, uma adaptação da Netflix para os livros de Holly…
Os Fantasmas Ainda se Divertem funciona bem como uma fan service ancorada na nostalgia relacionada…
Ainda Estou Aqui, com Fernanda Torres, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e está…
Ver Comentários
Oii estava navegando em seu blog e encontrei diversos artigos interessante como este.
baixar topflix oficial
Samires, vamos seguir juntas. Abraço!