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Crítica: Abigail (2024)

Com mais foco, Abigail poderia entregar o que promete. Filme dos diretores de Pânico VI mistura terror vampiresco, suspense e comédia.

“Abigail” é uma mistura de terror vampiresco banhado a sangue com elementos de clássicos do cinema e da literatura, como “E Não Sobrou Nenhum!”, da Agatha Christie. Além disso, apresenta toques de ação, de sátira e de slasher. Some-se tudo isso à direção dos irmãos Tyler Gillett e Matt Bettinely-Opin, dos quinto e sexto exemplares da cinessérie “Pânico”, e temos um longa-metragem promissor.

O problema é que, apesar das ideias boas e de uma condução sólida, nem tudo isso está tão bem equilibrado ou desenvolvido. Ou seja, a produção faz tantas apostas diferentes que torna-se um tanto quanto desorganizada, além de não se aprofundar nas possibilidades do elenco e da temática para dar uma impressão totalmente satisfatória. Mesmo assim, é um filme divertido e que prende a atenção.

O que acontece no filme Abigail?

Em Abigail, um peculiar grupo de criminosos aceita mais um típico trabalho. Dessa vez, a proposta é sequestrar uma bailarina de doze anos, que também é filha de um dos mais poderosos homens do submundo. Enquanto o contratante do grupo pede um resgate de 50 milhões de dólares para o pai da garota, o grupo só precisa observar a criança por uma noite em uma mansão isolada. No entanto, quando os raptores começam a desaparecer, um por um, logo descobrem da pior forma que estão trancados dentro de casa com uma garotinha nada normal.

Com isso, o desenrolar da trama segue arquétipos para os personagens e rumos um tanto quanto nonsense. Nesse sentido, a maior surpresa são os modos criativos como ele lida com a inocência infantil e a quebra dessa expectativa com a personagem de Alissa Weir. Além disso, Melissa Barrera está de volta a uma parceria com a dupla de diretores. A mansão gótica e repleta de detalhes também é um dos pontos fortes do filme.

O que acontece no final do filme Abigail?

Assim, Abigail parte de uma premissa inspirada em A Filha de Drácula, mas segue um desenrolar completamente diferente ao criar uma atmosfera regada a tensão, sangue e humor perverso. As atuações são muito competentes e divertidas, mas atores como Giancarlo Esposito poderiam estar melhor aproveitados. Entretanto, no terceiro ato, a obra se perde completamente. Com isso, ṕassa a impressão de que está enrolando o público, sem encaminhar para o desfecho de maneira coerente ou impactante.

Avaliação

Avaliação: 2.5 de 5.

Sophia Mendonça é jornalista e escritora. Também, atua como youtuber do canal “Mundo Autista” e é colunista da “Revista Autismo/Canal Autismo“ e do “Portal UAI“. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Assim, em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Já em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

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