Arte e entretenimento

Crítica: A Voz Suprema do Blues (2020)

A Voz Suprema do Blues é uma fotografia plasticamente competente e com diálogos poderosos do cenário musical da Chicago dos anos 1920. Dessa forma, o filme problematiza aspectos socioculturais com delicadeza e vigor. Isso se refere principalmente ao que tange a um recorte de pessoas com maior status e melhor condição financeira dentro da população preta.

Chadwick Boseman está excelente no último filme do ator

Assim, a obra acompanha Ma Rainey (Viola Davis) em Chicago, 1927, em uma sessão de gravação de álbum. Esse trabalho revela-se mergulhado em tensão entre seu ambicioso trompista Levee (Chadwick Boseman) e a gerência branca que está determinada a controlar a incontrolável “Mother of the Blues”. Porém, uma conversa no local revela verdades que irão abalar a vida de todos.

Nesse sentido, Viola Davis está exuberante e dá um show de caracterização. Porém, quem mais se destaca é Chadwick Boseman, o Pantera Negra. Isso porque o astro, em seu último papel nos cinemas, tensiona diversos sentimentos com expressões complexas e contundentes.

A Voz Suprema do Blues não consegue escapar da origem teatral

Apesar disso, a direção de George C. Wolfe tem um problema grave ao não conseguir escapar da origem teatral. Assim, é um filme duro e sem a emoção que poderia exibir. Com isso, apesar das qualidades, A Voz Suprema do Blues não se abre para as possibilidades envolventes de uma narrativa cinematográfica.

Avaliação

Avaliação: 3 de 5.

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.

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