Crítica: A Vida do Livreiro AJ Flirky (2022)

Disponível no Amazon Prime Video, A Vida do Livreiro AJ Flirky é um drama romântico doce e cativante. Essas qualidades se referem tanto aos personagens principais quanto às subtramas. E o que é mais interessante, toda a narrativa é costurada por meio de reflexões sobre o amor pela literatura e a força do diálogo e da observação como molas propulsoras para a criatividade. Dessa forma, trata-se de um filme simples e encantador.

Qual a sinopse do filme A Vida do Livreiro AJ Flirky?

O personagem-título vive uma vida depressiva desde que a esposa dele morreu. Assim, ele encontra-se sem energias para administrar sua livraria e recorrentemente abusa do álcool. Porém, tudo muda quando ele recebe uma criança misteriosa na livraria e resolve adotá-la.

Este conto sobre amor e perda tem inspiração no romance de Gabrielle Zevin, que também assina o roteiro do longa-metragem. Com isso, a escritora consegue dosar a maior densidade própria da literatura no que se refere ao desenvolvimento de personagens e o ritmo mais acelerado de uma produção audiovisual. Esse equilíbrio compõe um filme charmoso, principalmente graças ao ótimo elenco, que inclui nomes como David Arquette e Christina Hendricks dentre os coadjuvantes. Assim, apesar da simplicidade dos enredos, é fácil criar um vínculo com os personagens e torcer por cada um deles.

Drama romântico com Lucy Hale e Kunal Nayyar é cativante

Nesse sentido, as excelentes interpretações de Kunal Nayyar (The Big Bang Theory) e Lucy Hale (Pretty Little Liars) também garantem o sucesso do romance principal que ancora a narrativa. Isso porque, apesar da ideia de um casal improvável que traz um homem desiludido e uma mulher otimista não ser uma ideia inovadora, a dupla de intérpretes é hábil ao conferir humanidade e carisma aos papéis. Dessa forma, o filme passa uma sensação de genuinidade envolvente que contorna as possíveis inverossimilhanças da história.

Avaliação

Autora da Crítica

Sophia Mendonça é uma youtuber, podcaster, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+.