Críica do filme A Hora do Mal analisa o final da obra sobre crianças desaparecidas, assim como seus aspectos de terror e suspense.
Não sou fã de filmes de terror que apostam em sangue pelo sangue, sustos a todo momento e uma fotografia tão escura que mal se vê a cena. Por isso, “A Hora do Mal” foi uma grata surpresa. O filme me conquistou logo de cara por não seguir essa fórmula; Em vez disso, ele joga um enigma no nosso colo e se desenrola como um excelente suspense.
A cada nova informação, eu me via tentando encaixar as peças e prever a conclusão. O que facilitou muito esse envolvimento foi a narrativa contada a partir da perspectiva de vários personagens. Assim, o filme apresenta uma cena por um ângulo, depois corta para outro personagem. Com isso, deixa para o espectador a tarefa de ligar os pontos e entender a conexão entre tudo.
A história acompanha o misterioso sumiço de 17 crianças da classe da professora Gandy (Julia Garner). Numa noite, às 2h17, todos os alunos, exceto um, acordam e saem de casa por vontade própria, desaparecendo sem deixar rastros. Sem sinais de crime, a cidade entra em pânico e volta sua desconfiança para a professora. Enquanto isso, a comunidade tenta desvendar o que aconteceu.
O problema, para mim, foi a resolução. Conforme o filme caminhava para o clímax, a explicação para o mistério pendeu para um terror com uma lógica um pouco atropelada. A história era bem construída, No entanto, a conclusão exigia um entendimento de certos fatos que não foram bem estabelecidos antes. Dessa forma, o suspense parecia apontar para um lugar, mas a resposta final soou um pouco desconectada.
Ainda assim, apesar dessa pequena decepção com o desfecho, é um filme que recomendo demais.
Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Mestranda em Literatura pela UFPel, é também especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG). Além disso, ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Ela também é radialista, tendo trabalhado por 15 anos como produtora e debatedora do programa Rádio Vivo, na Itatiaia. E é autora de livros como “Minha vida de trás pra Frente” (2017), “Camaleônicos” (2019) e “Autismo no Feminino” (2022).
Em 2019, Selma recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Além dele, ganhou Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. E é membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022. Além disso, como crítica de cinema, é formada no curso “A Arte do Filme”, do professor Pablo VIllaça. Também é mentora em “Comunicação e Diálogo” para comunicação eficaz e um diálogo construtivo nos Relacionamentos Interpessoais, Sociais, Familiares, Profissionais e Estudantis.
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