Crítica: "A Empregada" (2022), de Freida McFadden. Este Thriller Psicológico virará Filme com Sydney Sweeney e Amanda Seyfried.
Você está pronto para um suspense que vai prender sua atenção da primeira à última página? “A Empregada”, livro que consagrou Freida McFadden como uma autora best-seller, é exatamente essa experiência. Com um enredo magistralmente construído e personagens complexos, este thriller é uma montanha-russa de emoções. Com isso, ele faz a gente duvidar de tudo e de todos.
A trama nos apresenta Millie Calloway, uma jovem com um passado complicado que vive em seu carro e está desesperada por um recomeço. A chance de ouro surge com um emprego de empregada doméstica na casa do abastado casal Winchester. Afinal, a residência é deslumbrante e o salário, generoso. Então, parece perfeito, certo? Errado.
Isso porque o sonho rapidamente se transforma em um pesadelo. Nina Winchester, a patroa, é uma figura instável que alterna entre simpatia e crueldade, deixando um rastro de caos para Millie limpar. Seu marido, o charmoso Andrew, parece ser o único alívio, mas sua ausência constante levanta suspeitas. Para piorar, a filha do casal, Cecelia, faz de tudo para infernizar a vida da nova empregada.
Presa em um pequeno quarto no sótão — que, assustadoramente, só tranca pelo lado de fora —, Millie logo percebe que os segredos sombrios daquela família são muito mais perigosos do que ela imaginava.
O grande trunfo de Freida McFadden é a construção da narrativa. Com capítulos curtos e um ritmo alucinante, o livro cria uma atmosfera crescente de paranoia e tensão. Dessa forma, a confusão e o medo de Millie enquanto ela tenta decifrar o que é real e o que é pura manipulação.
E quando você achar que entendeu tudo, a reviravolta central é de tirar o fôlego. Sem spoilers, saiba que a perspectiva da história muda de forma tão drástica que você será forçado a reavaliar cada página que leu. Assim, é uma manobra ousada e brilhantemente executada. E eleva “A Empregada” a um novo patamar no gênero.
Mais do que um thriller frenético, “A Empregada” mergulha em temas profundos e necessários, como:
Dessa forma, o livro nos lembra que nem tudo é o que parece. E, também, que nossos julgamentos precipitados podem nos enganar profundamente. Então, se você procura uma leitura viciante e inteligente, “A Empregada” é a escolha perfeita.
Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.
Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça. Além disso, é autora de livros-reportagens como “Neurodivergentes” (2019), “Ikeda” (2020) e “Metamorfoses” (2023). Na ficção, escreveu obras como “Danielle, asperger” (2016) e “A Influenciadora e o Crítico” (2025).
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