Como fica o futuro de nossos filhos? a Educação financeira de hoje constrói um futuro de prosperidade. Então, invista e acredite na prosperidade. Aliás, abandone a vibe da escassez. Entenda esse movimento. Assim, saiba como o dinheiro pode trabalhar para você e até acessar seus direitos.
Desse modo, ouso dizer que um dos maiores pesadelos de mães de pcds, pessoas com deficiência é uma questão para a qual elas não encontram resposta: Como fica o futuro de nossos filhos com deficiência? Muita calma nessa hora, mamãe. Todas as mães, de certa forma, tem este mesmo medo. Mas algo que a gente sempre esquece é que o futuro é construído no presente. Logo, é preciso que você deixe de se preocupar e se ocupe com o que fará, verdadeiramente, a diferença na vida de nossos filhos.
Você que nos acompanha nas redes sociais e por aqui, sabe que a razão de eu e minha menina nos expor é para compartilhar vivências. A gente gostaria que nenhuma família passasse o que nós duas passamos. Infelizmente, a preocupação e instinto de proteção de nós, mães, pode ter efeito contrário.
Por exemplo, quando a minha garota era criança e adolescente, já havia tanta coisa para cobrar que era mais fácil eu mesma lidar com as questões de casa. Embora eu trabalhasse fora, eu me desdobrava, tinha empregada, o que fosse. Afinal, minha filha tinha também questões que a deixavam vulnerável em alguns setores: autopercepção, não aprender nada que não fosse explicado num passo a passo (e eu não tinha tempo para isso.), de coordenação motora, enfim.
Acontece que, a medida que ela crescia, ela ocupava espaço maior na casa, mas não em sua administração e organização. Tive pressa para alertar as mães. Hoje meu maior orgulho é o Pedro Faustino, autista como eu e Sophia, grau moderado, porém com maior autonomia.
Até hoje me lembro de meu psicólogo dizendo: “Se quiser deixar uma pessoa autista desorientada, dê a ela um valor razoável e fale para ela gastar com o que quiser. Ela terá dificuldades em escolher. Melhor dar um valor menor e dizer o que ela pode e deve comprar. Ou ela decide o que que ela deseja dentro do que couber nesse valor.”
O que? Como assim? Se houvesse uma forma de ensinar sobre educação financeira, eu o faria. Mas eu mesma não tive essa sorte. Não aprendi. Sabia o básico: trabalhar, receber por minha mão de obra, pagar as contas e poupar 20% do salário. Com o tempo, essa porcentagem caiu para 5%. Além do mais, que sabe o básico, constrói o básico também. Já aconteceu de minha garota gastar quase todo seu dinheiro do mês, em seu hiperfoco. E cá para nós, já aconteceu comigo também mas não espalhem. Como eu poderia reagir a isso?
Desde 2001, eu opero com o mesmo banco. Não me arrependo. Essa fidelidade me deu argumentos algumas negociações necessárias. Minha agência era um posto, dentro das inst alações da emissora de rádio
para a qual trabalhei por quase 15 anos. Amava, pois preciso desse contato mais próximo, humanizado.Com o tempo, descobri que, embora fosse um bom gerente, o funcionário do posto me levou a dois produtos que, mais tarde me deram dor de cabeça. Um deles, foi comprar um carro financiado que, para a parcela ficar menor, ele se tornava inalienável para a venda. Só descobri quando não pude vender o veículo. A intenção foi boa, mas ele não conhecia minhas preferências. Entretanto, a indicação de previdência privada, garantiu, dez anos depois, a cirurgia de redesignação sexual de minha filha.
Mas hoje, entender sobre isso, sobre a educação financeira que necessito não precisa estar centrada na pessoa de um gerente. A internet foi a grande revolução do século passado. Com isso, muita coisa mudou e os bancos tiveram de se adaptar e nós também. Não adianta a pessoa falar o que quiser, pois a informação está acessível a todos que a procuram. O pulo do gato, no entanto, é: Como converter essa informação em conhecimento que nos traga saúde, inclusive para o bolso?
Lembram que não há outro tempo e lugar para a construção do futuro do que agora e aqui? Neste exato momento, onde estou, se encontra a oportunidade exata para determinar minha prosperidade de hoje, para que se consolide amanhã.
Nós trabalhamos com inclusão. Por quê? Por que cada pessoa é única. Assim, ela apresenta necessidades, características, habilidades e limitações personalíssimas. E o banco tem de conhecer essa minha dor. Ele precisa me conhecer. E me apontar a resposta para como fica o futuro de nossos filhos. Portanto, alguns bancos se humanizaram, para entender esse novo mercado. E porque não essa nova forma de experienciar o mundo e suas possibilidades?
Se “Maomé não vem a montanha, que a montanha vá à Maomé.” Não é isso que diziam nossos avós? Assim, a transição desse formato do banco vilão, que deseja sangrar nosso couro para somente ele lucrar, não se sustenta no mundo globalizado de hoje, que nos exige a ação local. Somos os responsáveis pela efetivação dessa mudança. Eu já comecei a minha. No aplicativo de meu banco, eu estudo os serviços e produtos oferecidos. Posso checar possibilidades de empréstimos, organizar minhas finanças, meus investimentos. Posso ainda, considerar a possibilidade de me resguardar com um seguro e, muito importante, gerenciar meu cartão de crédito. E, claro, construir o caminho para saber, como fica o futuro de nossos filhos.
Então, pesquiso, analiso, cruzo informações. A interseção de todas elas aponta a tendência à verdade. Quem sabe as políticas públicas não acertem o passo e atualizem a LDB, Lei de diretrizes e bases da educação nacional, para colocar a Educação Financeira como matéria curricular obrigatória? O empreendedorismo já é uma realidade, para além de uma necessidade. Falta agora, a formação de nossos empreendedores.
Então me responda, você, pessoa com deficiência, e/ou familiar:
Como fica o futuro de nossos filhos? Seu filhe lida bem com o dinheiro ou mesmo com a falta dele? Você deu a ele, algum tipo de educação financeira? Qual a maior dificuldade de vocês?
Selma Sueli Silva é graduada em Jornalismo e Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, além de Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial. Atuou, como produtora e apresentadora, nas rádios Itatiaia (de 2001 a 2015), Inconfidência, Autêntica Educativa e Super. Foi assessora chefe do INSS/MG, de 1993 a 2001. É autora de cinco livros. Foi diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista) em 2016. Mantém o site “O Mundo Autista” no Portal UAI e o canal do YouTube “Mundo Autista” desde 2015.
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