Como diagnosticar o autismo? Afinal, a avaliação diagnóstica para essa condição requer um processo de investigação e análise. Portanto, não se restringe à aplicação de testes e escalas. Então, é necessária a confirmação do laudo por um profissional que tenha experiência e saiba como interpretar as características do autismo.
Ou seja, os resultados dos testes não devem ser lidos de maneira literal e mecânica. Afinal, a confecção desses instrumentos se deu por meio da avaliação de grupos sociais específicos. Assim, obter uma pontuação que não sugira autismo não necessariamente significa que uma pessoa não terá o diagnóstico. Isso porque os perfis clínicos podem ser complexos. Além disso, determinados grupos étnicos, assim como pessoas do sexo feminino, podem ter especificidades ignoradas por eles.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM, as características globais do autismo são comprometimento da comunicação social e comportamento restrito e repetitivo. Essas manifestações nem sempre ocorrem de maneira óbvia, que podem ser percebidas por critérios como olhar no olho ou não demonstrar emoção. Afinal, fatores como QI, idade e sexo podem bagunçar essa percepção e até mesmo tornar autistas pessoas aparentemente sociáveis.
Porém, o que causa a dificuldade social também deve ser considerado. Afinal, outras condições psiquiátricas podem manifestar um prejuízo que, na superfície, pareça similar ao do autista. isso não significa necessariamente uma exclusão do laudo de autismo. Mas, para uma intervenção efetiva, pode sinalizar a importância de se investigar um diagnóstico diferencial.
Então, para um diagnóstico bem feito, geralmente é necessário entrevista com mais alguém além da pessoa autista. Além disso, é preciso investigar quando os sinais se iniciaram. Ou seja, se estes vêm desde a infância. Com isso, é possível chegar ao cruzamento de dados que forneça uma avaliação mais completa do perfil da pessoa.
Sophia Mendonça é uma jornalista, escritora e pesquisadora brasileira. É mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Em 2016, tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Grande Colar do Mérito em Belo Horizonte. Em 2019, ganhou o prêmio de Boas Práticas do programa da União Européia Erasmus+
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Falou e não disse nada. Com todo o respeito, os textos dessa jornalista bastante confusos e não evolutivos.
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