Censa Betim e o acolhimento ao autismo severo - O Mundo Autista
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Censa Betim e o acolhimento ao autismo severo

Fachada da moradia assistiva Censa em Betim.

Fachada da moradia assistiva Censa em Betim.

Censa Betim celebra 60 anos de acolhimento a pessoas com deficiência intelectual grave e autismo severo. Assim, a Instituição realizará evento especial no dia 31 de agosto com a apresentação do Coral Santa Dorotheia.

Deficiência intelectual e autismo severo

O Centro Especializado Nossa Senhora D’Assumpção, Censa Betim, é referência nacional no atendimento a pessoas adultas com deficiência intelectual e autismo severo.

Neste mês, a instituição completa 60 anos de atividades. Assim, para celebrar a data, a diretoria preparou programação especial que vai acontecer, amanhã, 31 de agosto, das 9h às 11h, na sede da instituição.

Censa Betim, a história

Fundado em 1964, pela educadora Ester Assumpção, o Censa Betim oferece cuidado profissional e promove a inclusão social de seus educandos. Ao longo de seis décadas, a instituição se consolidou como um espaço de acolhimento ao oferecer cuidados especializados e a inclusão social de seus educandos.

Para isso, o Censa conta com equipe multidisciplinar composta por profissionais da área da saúde, educação e assistência social. Os profissionais da equipe trabalham em conjunto para garantir o bem-estar e a qualidade de vida de todos os atendidos.

Natália Costa, psicóloga e diretora do Censa Betim reforça:

“é um privilégio celebrar seis décadas de trabalho ininterrupto a um público tão especial, que tanto precisa. Atendemos pessoas oriundas de todo o território brasileiro e com muita propriedade. Sabemos da importância do nosso papel, pois são pessoas que ainda são discriminadas e que têm pouco espaço na sociedade. Esses cidadãos precisam ter seus direitos civis respeitados e alcançar visibilidade. Estamos sempre dispostos a dar o nosso melhor por esses educandos e por suas famílias”.
A diretora do Censa ministra aula de artes manuais a um aluno

Acolhimento

Segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) nos Estados Unidos, estima-se que 1 em cada 36 crianças tenha autismo. Ou seja, cerca de 73 milhões de pessoas, em todo o mundo.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima que mais de 2 milhões de pessoas sejam autistas, o equivalente de 1 a 2% da população. Apesar de muito difundido em campanhas, o autismo ainda enfrenta diversos preconceitos, como o da invisibilidade e da exclusão.

Para as famílias de pessoas com deficiência intelectual grave, a opção por instituições especializadas pode ser o caminho viável para oferecer o tratamento especial e qualidade de vida ao filho. “Autistas com grande comprometimento, muitas vezes, precisam de apoio integral desde a hora que levantam até o momento que vão dormir. São pessoas que necessitam de ajuda, por exemplo, para manter a rotina diária de higiene, como escovar os dentes, pentear os cabelos, tomar banho. Eles carecem de cuidados, acompanhamento e monitoramento 24 horas por dia durante toda a vida”, explica a psicóloga Natália Costa.

O Censa, o autismo e as atividades

Além das terapias e atividades pedagógicas, o Censa oferece um ambiente acolhedor e seguro, com áreas verdes, espaços de convivência e atividades de lazer. Dessa forma, os educandos têm acesso a momentos de alegria e socialização.

Alunos do Censa Betim fazendo atividades físicas

A instituição está em uma área de 22 mil m², possui jardins, quadras esportivas, áreas de convivência, espaço para realização de eventos e trabalhos manuais. Foram mais de 1000 atendimentos realizados, nestes 60 anos. Atualmente, a instituição acolhe 100 educandos.

Da Redação

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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