Canção "Borderline" de Maraísa e Psicofobia: a Irresponsabilidade desta Música! é um vídeo do canal Mundo Autista, com Sophia & Selma.Maraísa. Divulgação do Instagram
Canção “Borderline” de Maraísa e Psicofobia: a Irresponsabilidade desta Música! é um vídeo do canal Mundo Autista, com Sophia Mendonça & Selma Sueli Silva. Uma música sobre Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) lançada pela cantora de Sertanejo, Maraísa, causou polêmica, e com razão.
Neste vídeo, Sophia Mendonça e Selma Sueli Silva analisam criticamente como representações artísticas podem, infelizmente, reforçar estigmas e desinformação sobre saúde mental. Elas discutem por que confundir TPB com abuso ou psicopatia é perigoso e como isso se conecta à luta contra a psicofobia e o capacitismo, temas essenciais também no universo autista.
Desmistificamos trechos problemáticos da música: o “diagnóstico sem CRM”, a associação simplista com “personagens” (ignorando o medo de abandono) e a confusão com comportamentos abusivos. Para a filha Sophia Mendonça, que é borderline, a relação estabecida pela música entre um abusador e uma pessoa boderline é problemática.
“Claro que as pessoas não são tábuas rasas. Então, elas vão intepretar essa música. E acontece que o senso comum é povoado de mitos e desinformação sobre boderline, que é um transtornos mais estigmatizados da atualidade. E muito associado a um desvio de caráter. Mas, um boderline tem sentimentos muito intensos e se desregula emocionalmente, podendo agredir uma pessoa que ele ama por medo do abandono“, observa ela. Portanto, um boderline é diferente de um psicopata, por ex emplo, que friamente premedita suas atitudes.
Portanto, entenda as diferenças cruciais entre TPB, psicopatia e abuso, e a importância do conhecimento (como em grupos de apoio) para gerar empatia. E a mãe Selma Sueli Silva observa: “Preconceito, todos nós temos. A gente quando ouve algo sobre o que a gente não conhece, nunca ouviu falar, a gente cria às vezes um conceito antes de conhecer, que é o preconceito. O que a gente não pode é deixar que esse conceito pré-concebido passe a descriminar, o que já é uma ação. E para não descriminar, a gente deve conhecer.”
Enquanto Sophia Mendonça destaca que até pelos sentimentos à flor da pele, a pessoa border tem um potencial inexplorado muito grande, Selma conta sua experiência em um grupo de familiares de borderline e profissionais que atendem essas pessoas. “È de uma beleza, de um encantamento, como todo ser humano quando você dedica o seu tempo a compreender, é.”, pondera ela.
“As pessoas buscam nas notícias, nas coisas que elas consomem, confirmar o que elas já tem de preconceito. O papel da arte, então, está em desmistificar o preconceito, não em tacar o senso comum”, comenta Sophia Mendonça.
Assim, este é um apelo por mais arte com responsabilidade social na abordagem da neurodiversidade. Assista, informe-se e ajude a combater o preconceito!
Crítica Wicked - Parte 2. Entenda a mudança de tom do diretor Jon M. Chu…
As metáforas em Um Truque de Mestre 3: crítica do filme aborda os cavaleiros e…
Uma crônica de Sophia Mendonça sobre a garota autista na Bolha, inspirada em Wicked e…
O Livro que Devolveu a Voz ao Autismo no Brasil. completa 10 anos "Outro Olhar:…
O Significado de "Bandaids Over a Broken Heart" e a evolução emocional de Katy Perry…
Presidente da Autistas Brasil debateu o diagnóstico tardio, a mercantilização das terapias e o preconceito…