Wicked, com Cynthia Erivo e Ariana Grande, traz várias histórias interessantes. Além disso, o filme aborda a amizade e as diferenças.
Assistir a Wicked no cinema foi uma surpresa agradável. Afinal, são três horas de musical. Por isso, não sabia se eu daria conta. Contudo, não vi o tempo passar. Isso aconteceu porque me apresentaram uma história maravilhosa. Uma narrativa em que enxerguei não apenas a mim e a muitas pessoas que eu conheço, mas também a nossa sociedade.
Na trama, os personagens nem sempre utilizam as diferenças de maneira criativa. Ao contrário, a sociedade que o filme mostra as usa para a exploração se assim for necessário. Então, o mais bacana é que o fio condutor é uma amizade que a gente poderia julgar como impossível. Você tem uma pessoa meio egocêntrica e egoísta, que é o papel da encantadora Ariana Grande, “se achando”. E você tem alguém cuja personalidade foi forjada em meio às dificuldades. Essa personagem, interpretada por Cynthia Erivo, já se acostumou – se é que a gente se acostuma com isso – a sofrer bullying.
De repente, essas duas constroem uma amizade linda, que parece que foi para além das telas. Assim, algo que me chamou a atenção é que quando essa amizade parece que vai para lados opostos, uma arranja um jeito de ajudar a outra, de ter seu olhar sobre a outra. Também, há o caso do personagem charmoso que é alvo do interesse das protagonistas não ter aquele destaque todo. O que é inovador em um universo temático usualmente marcado por romances com príncipes encantados. Sim, o galã que Jonathan Bailey vive tem lá a sua história e o seu objetivo. Porém, nada disso entra em confronto em termos de ter que sobressair uma história.
Portanto, o lindo desse filme é que ele conta várias histórias interessantes. Aliás, elas se separam e se encontram de maneira muito criativa. E eu, que geralmente odeio filmes que terminam com a mensagem “para ser continuado”, finalizei o musical de três horas sem me cansar. Agora, estou preparada para que venha o segundo, “Wicked Para Sempre”. Assim, a única coisa que senti falta foi da continuidade da história do professor que é um bode. Esta é uma trama interessante que o primeiro longa-metragem não deu conta de amarrar.
Selma Sueli Silva é criadora de conteúdo e empreendedora no projeto multimídia Mundo Autista D&I, escritora e radialista. Especialista em Comunicação e Gestão Empresarial (IEC/MG), ela atua como editora no site O Mundo Autista (Portal UAI) e é articulista na Revista Autismo (Canal Autismo). Em 2019, recebeu o prêmio de Boas Práticas do programa da União Europeia Erasmus+. Prêmio Microinfluenciadores Digitais 2023, na categoria PcD. É membro da UNESCOSOST movimento de sustentabilidade Criativa, desde 2022. Como crítica de cinema, é formada no curso “A Arte do Filme”, do professor Pablo VIllaça.
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