Resenha: A Espiã da Realeza - O Mundo Autista
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Resenha: A Espiã da Realeza

A Espiã da Realeza é uma gostosa mistura entre comédia de época e suspense policial, já mostrando o potencial da série.

A Espiã da Realeza é uma gostosa mistura entre comédia de época e suspense policial, já mostrando o potencial da série.

A Espiã da Realeza é uma gostosa mistura entre comédia de época e suspense policial, já mostrando o potencial da série.

A Espiã da Realeza é uma gostosa mistura entre comédia de época e suspense policial, já mostrando o potencial da série.

Eu estava com saudades de me envolver com uma narrativa mais lúdica de um romance que não compõe o corpos de nenhuma das minhas pesquisas em Literatura ligadas a Ufpel. Daí, eu e mamãe colocamos no Audible o audiobook de “A Espiã da Realeza”, escrito pela aclamada romancista policial e vencedora do Prêmio Agatha Rhys Bowen, com o qual eu já havia tido contato com a versão impressa mas, por TDAH e falta de tempo e certamente não por desinteresse, não havia concluído a leitura.

Sinopse de A Espiã da Realeza

Apesar de ser a 34ª na linha de sucessão ao trono inglês, lady Victoria Georgiana Charlotte Eugenie de Glen Garry e Rannoch – Georgie para os íntimos – está totalmente falida. Para continuar se mantendo, ela tem duas opções. A primeira se casar com um príncipe com “cara de peixe”. E a segunda é tornar-se acompanhante de uma tia idosa e reclusa. Georgie se recusa a aceitar qualquer um desses destinos. Afinal, os considera deprimentes. Então, ela decide ir sozinha para Londres em busca de emprego e liberdade. Mas antes que consiga qualquer uma dessas coisas, é convocada para um chá com a própria rainha. A majestade a incumbe de espionar o príncipe de Gales e sua amante americana.

Então, George tenta se desdobrar para arranjar um trabalho remunerado. E, ao mesmo tempo, bancar a detetive para Sua Majestade. Certo dia, Georgie chega em casa e encontra, morto em sua banheira, um francês arrogante. Aliás, ele estava reivindicando a posse da propriedade ancestral dos Glen Garry e Rannoch. Agora ela terá que usar seus dotes investigativos recém-descobertos para provar a inocência de sua família e limpar seu sobrenome. Para isso, contará com a ajuda de um avô de sangue nada azul, de uma antiga amiga de escola e de um irlandês bonitão de linhagem nobre porém tão pobretão quanto ela.

Resenha de A Espiã da Realeza, de Rhys Bowen

Em primeiro lugar, adoramos a acessibilidade que o formato em audiobook nos ofereceu como autistas, já que sempre assimilamos melhor quando líamos uma para a outra. E o livro é uma saborosa comédia de costumes situada na Inglaterra dos anos 30, que a partir da segunda metade ganha uma guinada para o suspense policial.

Com uma protagonista forte e engraçada e diálogos inspirados que analizam as estiquetas da nobreza britânica daquela época, a obra nos cativou logo de cara. Ainda assim, o livro custou um pouco a engrenar e chegar na parte mais interessante que é o mistério.

Mas, mesmo que o final nos pareça fácil de antecipar, todo o desenrolar da trama de suspense policial acontece de um jeito muito interessante, com delicioso senso de humor britânico e pouca sugestão de violência. Dessa forma, o livro revela-se uma mistura daquelas tramas doces e espertas voltadas ao público feminino com um bom mistério, o que é sempre muito agradável.

Avaliação

Avaliação: 3 de 5.

Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.

Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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