No Dia dos Professores, uma reflexão sobre o papel da mentoria como forma de educação emocional. Entenda o olhar da Conexão Raiz.
Uma reflexão no Dia dos Professores é que ser mentora é ensinar o mundo a escutar. Este é o papel da mentoria na educação emocional. Então, neste Dia dos Professores, quero celebrar algo que vai além da sala de aula: o poder transformador da mentoria na educação emocional. Isso porque, se ser professor é ensinar o que se sabe, ser mentor é inspirar o outro a descobrir o que ele já carrega dentro de si.
Essa é a essência da Conexão Raiz: ajudar mães, educadores e profissionais a se reconectarem com o que é genuíno e, muitas vezes, invisível aos olhos.
Sou muito grata aos professores que marcaram a minha trajetória. Afinal, a inclusão escolar é uma construção diária, necessariamente envolvendo erros e acertos. É por isso que, com minha mãe, talhei a seguinte frase, que pode ser encontrada em nosso livro “Diversos Diálogos”, publicado gratuitamente pela UFMG: “A lei abre a porta, o afeto convida a entrar, mas é o amor que permite permanecer”. Aqui, não se trata de um amor piegas e irreal, sem força para a realidade prática de desafios como falta de recursos. E sim daquele amor que dá brilho nos olhos e nos movimenta, nos faz querer entender mais.
Por muito tempo, profissionais de saúde me disseram que eu precisava ser menos intensa, menos sensível, menos eu. Contudo, o que parecia ser um defeito, na verdade, se tornou a minha maior força. Afinal, foi essa sensibilidade que me ensinou a observar, compreender e acolher o que existe por trás do comportamento humano. E foram os afetos que me levaram a pesquisa acadêmica. Assim, a garota que tinha o prognóstico de dependência total dos pais e impossibilidade de cursar uma graduação chegou ao doutorado, após uma aprovação com louvor no Mestrado na UFMG.
Hoje, como mentora, uso toda essa sensibilidade para ajudar outras pessoas a olhar além da superfície, a entender o que o outro comunica mesmo sem falar. Portanto, minha missão é transformar a diferença em uma ponte, não em um muro.
Ser mentora e professora universitária não se resume a transmitir conhecimento. Também é sobre criar um espaço seguro para a escuta e a descoberta. Na Conexão Raiz, cada jornada é única. As mães que me procuram não buscam apenas técnicas prontas; elas vêm em busca de uma compreensão real.
Juntas, aprendemos uma lição profunda: “Quando a gente para de tentar consertar e começa a escutar, tudo muda.” E a mentoria é exatamente isso: ajudar alguém a enxergar o que sempre esteve ali, esperando para ser compreendido.
Em um mundo cada vez mais acelerado, essa mentoria resgata o valor da presença. É um convite para desacelerar, observar e construir vínculos com intenção.
Ter alguém que escuta, orienta e inspira faz toda a diferença, seja na educação, no trabalho ou nos relacionamentos. Isso porque mentores não oferecem respostas prontas; eles despertam novas perguntas. E é nessas perguntas que a verdadeira transformação acontece.
A Conexão Raiz nasceu do meu próprio processo de aceitar e acolher a diferença. Hoje, é um programa de mentoria que ajuda mães de autistas a decifrar comportamentos, reconstruir laços e se comunicar com mais leveza.
Mais que um método, a Conexão Raiz é uma forma de ver o mundo e educar com o coração, sem abrir mão da profundidade.
Aos professores que me ensinaram a ver o mundo de outra forma, aos mentores que me inspiraram a sentir, e a todos os alunos que me transformam todos os dias, o meu mais profundo respeito.
Porque se ensinar é plantar sementes, mentorar é ajudar a reconhecer as raízes.
Se você busca uma comunicação mais leve e consciente, ou se deseja se tornar uma mentora capaz de inspirar transformações reais, clique aqui e entre na lista de espera para a próxima turma da Conexão Raiz.
Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UFPel). Idealizadora da mentoria “Conexão Raiz”. Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.
Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça. Além disso, é autora de livros-reportagens como “Neurodivergentes” (2019), “Ikeda” (2020) e “Metamorfoses” (2023). Na ficção, escreveu obras como “Danielle, asperger” (2016) e “A Influenciadora e o Crítico” (2025).
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