Arte e entretenimento

Crítica: “O Clube do Crime das Quintas-Feiras” (2025)

“O Clube do Crime das Quintas-Feiras” é um filme leve e divertido. Assim, revela-se feito para entreter sem se levar muito a sério. Isso porque, em vez de ser um suspense complexo, a produção oferece uma charmosa homenagem aos clássicos de mistério, no melhor estilo Agatha Christie. Afinal, a trama é bem construída, cheia de reviravoltas e surpresas que mantêm a curiosidade do espectador sobre o mistério “quem matou?”. E acompanhá-la revela-se uma experiência intrigante e agradável.

A trama se passa em Coopers Chase, uma luxuosa casa de repouso que lembra a icônica mansão de Downton Abbey. Lá, um grupo de amigos forma o “Clube do Crime das Quintas-Feiras”, liderado pela ex-agente do MI6 Elizabeth (interpretada por Helen Mirren). O time conta ainda com o ex-sindicalista Ron (Pierce Brosnan), o psiquiatra aposentado Ibrahim (Ben Kingsley) e a ex-enfermeira e cozinheira Joyce (Celia Imrie).

Sinopse e resenha do filme O Clube do Crime das Quintas-Feiras

Eles se reúnem semanalmente para desvendar crimes antigos com a ajuda de uma amiga policial aposentada. A rotina pacífica é abalada quando o inescrupuloso proprietário, Ian Ventham (David Tennant), anuncia seus planos para transformar a casa de repouso em apartamentos de luxo. A decisão de Ventham desencadeia uma série de crimes, levando a polícia local — o detetive Chris Hudson (Daniel Mays) e a policial Donna de Freitas (Naomi Ackie) — a tentar solucioná-los. Rapidamente, a dupla percebe que a experiência e a perspicácia dos membros do Clube serão essenciais para desvendar o caso.

Dirigido com um tom leve por Chris Columbus, de filmes como “Esqueceram de Mim”, e roteirizado por Suzanne Heathcock e Katy Brand, o filme é uma adaptação do primeiro livro da popular série de Richard Osmon. Além disso, a produção se destaca pelo seu elenco de peso, que inclui nomes como Helen Mirren, Pierce Brosnan, Ben Kingsley, Celia Imrie, David Tennant, Naomi Ackie e Richard E. Grant. Afinal, as atuações conferem credibilidade e profundidade à narrativa e aos personagens.

Mistério do diretor de Harry Potter celebra a Terceira Idade

O filme também acerta ao tratar seus personagens idosos com dignidade e respeito. Longe de serem estereótipos, eles são retratados como pessoas inteligentes, cheias de vida e com personalidades complexas, provando que a idade não os torna meras caricaturas. Dessa forma, “O Clube do Crime das Quintas-Feiras” revela-se uma ótima escolha para quem busca um entretenimento descompromissado. Afinal, este é um filme que celebra a inteligência e a vitalidade da terceira idade, enquanto entrega um mistério divertido e envolvente.

Vídeo – “O Clube do Crime das Quintas-Feiras”

Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.

Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça. Além disso, é autora de livros-reportagens como “Neurodivergentes” (2019), “Ikeda” (2020) e “Metamorfoses” (2023). Na ficção, escreveu obras como “Danielle, asperger” (2016) e “A Influenciadora e o Crítico” (2025).

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