A história de Invocação do Mal 4, sobre a família Warren, com Patrick Wilson e Vera Farmiga e direção de Michael Chaves.
O que vou dizer pode soar como heresia, mas minha primeira impressão de Invocação do Mal 4 foi parecida com a que tive ao assistir ao primeiro filme, em 2013. Ambos são filmes bem feitos e tecnicamente sólidos, mas não me assustaram de verdade. Não senti aquele medo genuíno que o gênero de terror busca evocar, a mesma conexão pessoal com o pavor que outras histórias conseguem alcançar.
Apesar disso, o filme original, dirigido por James Wan, é superior. Ele resgatou a atmosfera clássica de casas mal-assombradas, com portas que se fecham sozinhas e ruídos misteriosos, de uma forma muito envolvente. Já este quarto filme, dirigido por Michael Chaves, me pareceu morno, e sua narrativa é o maior problema.
A história começa focando na filha dos Warren, os famosos caçadores de fantasmas. Ela herdou as habilidades da mãe, e o filme gasta muito tempo estabelecendo sua relação com o noivo e a ideia de um legado familiar. Confesso que em certo ponto me perguntei quando o filme iria, de fato, começar. O roteiro se estende tanto nessa preparação que a história principal demora a engrenar, levando mais de uma hora para se desenvolver.
Quando o filme finalmente encontra seu ritmo, ele tem alguns momentos interessantes, mas nada que cause arrepios. O que realmente o salva são as atuações de Patrick Wilson e Vera Farmiga, que continuam perfeitos em seus papéis como o casal Warren. Eles são a alma dessa franquia e o motivo pelo qual muitos espectadores ainda se conectam com a história.
Sophia Mendonça é jornalista, professora universitária e escritora. Além disso, é mestre em Comunicação, Territorialidades e Vulnerabilidades (UFMG) e doutoranda em Literatura, Cultura e Tradução (UfPel). Ela também ministrou aulas de “Tópicos em Produção de Texto: Crítica de Cinema “na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao professor Nísio Teixeira. Além disso, Sophia dá aulas de “Literatura Brasileira Contemporânea “na Universidade Federal de Pelotas (UfPel), com ênfase em neurodiversidade e questões de gênero.
Atualmente, Sophia é youtuber do canal “Mundo Autista”, crítica de cinema no “Portal UAI” e repórter da “Revista Autismo“. Aliás, ela atua como criadora de conteúdo desde 2009, quando estreou como crítica de cinema, colaborando com o site Cineplayers!. Também, é formada nos cursos “Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica” (2020) e “A Arte do FIlme” (2018), do professor Pablo Villaça. Além disso, é autora de livros-reportagens como “Neurodivergentes” (2019), “Ikeda” (2020) e “Metamorfoses” (2023). Na ficção, escreveu obras como “Danielle, asperger” (2016) e “A Influenciadora e o Crítico” (2025).
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